foto: Sofia Ferrão Bulhosa
Alguma vez ouviu falar de
Auguste Maquet? Não tem qualquer problema, eu também não... até há bem pouco
tempo. No entanto, Auguste Maquet foi um dos escritores ou melhor, foi co-autor
dalguns dos maiores romances e com maior sucesso da literatura ocidental. Estou
falar de títulos como: Os Três
Mosqueteiros; Vinte Anos Depois; A
Rainha Margot; O Conde de Monte Cristo; etc.
Alexandre Dumas, nome conhecido
como autor das supraditas obras, já era de certa forma famoso em França quando estreou
esta parceria. Mas nunca tinha alcançado tamanho sucesso como aquele que teve
com os romances imaginados por Auguste Maquet. Escritor quase apagado da história. O seu nome, como co-autor, nem sequer é referenciado nos
livros agora reeditados. Podemos por assim dizer que Maquet foi o pedreiro e
Dumas o escultor das tão famosas aventuras. Os manuscritos eram imaginados e construídos
na sua estrutura pelo primeiro e, depois, embelezados, abrilhantados pelo
talento e ritmo trepidante de Alexandre Dumas. É verdade que Auguste Maquet
quando se cansou de estar na sombra de Dumas nunca conseguiu, com os seus
livros, alcançar o mesmo êxito. Contudo, o mesmo se deu com Alexandre Dumas.
Esta terá sido, sem dúvida, a sua melhor época.
O nome de Alexandre Dumas é hoje mundialmente
conhecido e o de August Maquet injustamente esquecido. Porém, no seu tempo a
parceria era pública e reconhecida pelo próprio Dumas. Talvez tenha sido esta associação
a chave para o sucesso. Nunca se irá saber...
Conta-se que um dia
Alexandre Dumas ao cruzar-se em casa com o seu filho (Alexandre Dumas Filho, também ele escritor famoso) terá perguntado:
- Já leste o meu último romance?
-Sim, já o li. E tu? –
Respondeu-lhe o filho.
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